Todo mundo é, já foi, ou vai ficar impaciente um momento. (ou vários)
Minha dúvida é: Será que todo mundo será (TI*), ou poderá ter um momento de plenitude na vida?
No meu trabalho novo, minha mesa é do lado de uma criatura absolutamente eficiente e tranquila. E olha que ela atende uma das clientes mais doidas, impulsivas, e negligentes que eu já soube existir.
E olhando pra ela, vendo-a falar baixinho no telefone, resolvendo os mega abacaxis que caem na caixa de e-mails dela de hora em hora (que nem o resultado da tele-sena); tendo uma capacidade de controle de danos inacreditável; sorrindo pequeno; sendo gentil na hora exata de ser permitr ter "O" descontrole, e no fim do dia, suspira e diz: "ai ai, amanhã eu quero só ver..." percebi que ela é o retrato da plenitude.
O dia começou ardendo. A criação atolada, a agência pegando fogo, os clientes aguardando as soluções, cada um lidando com seus pepinos, e todo mundo sendo chato, reclamão, tentando ter paciência e esquecendo o que raios vem a ser plenitude. Como o assunto por aqui no trabalho é publicidade - a única coisa que me vinha à cabeça quando se fala em plenitude é uma marca de fraldas geriátricas.
Depois de um dia estressante como esse, e vendo minha colega trabalhar, ao lado de um monte de outras mulheres loucas, passionais e falastronas como eu e todas nós, cheguei à conclusão que ela sim é a personificação de plenitude.
Ela de fato, nem imagina que estou escrevendo isso. E deve lá ter seus problemas, e ter pelo menos vontade de ter seus ataques como os meus, os seus, os nossos.
Mas eu gosto de pensar nela assim: A Nossa Senhora da Plenitude.
Eu trabalho na mesa ao lado de "Nossa Senhora da Plenitude", rs.
(TI*) Trocadilho insuportável
"Plenitude? É de comer, de passar no cabelo? Não. É fralda geriátrica!"
Pra terminar o dia, outro colega de trabalho, entra na sala das mulheres, e diz: "a Vida é um risco. É tanto que ninguém sai vivo dela."
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