25/04/11

Sou disponível. Sou do trabalho. Sou pronta.
O respeito de um começa onde termina o espaço do outro. É sempre bom e saudável cair na real de vez em quando, e saber que tempos que nos cuidar, nos preservar, cada vez mais. E também ter cuidado com tudo e todos. Carinho, educação, respeito com todos.

Não to no mundo pra competir com ninguém. Tenho meu espaço nele e não curto detonar ninguém pra justificar um erro ou uma posição em algum lugar.

E ir pra casa, cuidar da vida, ficar numa boa, descansar os neurônios loiros depois de estrear mais um trabalho primoroso e revigorante.

17/04/11

Feira da Torre, produção, listas e mais listas, telefone pendurado, set no fim do dia, saudades de casa, saudades dos cachorrinhos, saudades do meu humaninho, noite a ser virada... é isso, SEMANA DE ESTRÉIA.

To nem mais respirando do jeito certo.

16/04/11

Aguarda sentada embaixo do prédio esperando o Juízo chegar. Depois de um dia curioso, meio feliz, meio mentiroso, tudo que desejava era não desmaiar e perder a visita do Juízo. Ou, quem sabe, se sortuda fosse, da Sorte Grande. O tempo passou por um tempo, e rezou baixinho para que tudo fosse muito rápido, que fosse arrebatada sem dor, de sopetão, quando Juízo chegasse.
Passou um tempo ainda. Godot passou saltitante, e comprimentou-a com um beijo na testa.
Sua espera foi vã, aquele dia.
Ao final de tudo, não inutilmente, ganhou lindas flores de condomínio" pela coragem, e como demonstração de que o Juízo virá, ainda.
Só está atrasado.

09/04/11

Sobre cachorros e álcool - com Luisa Melo

[08/04/11 02:31:18] Patricia Marjorie Freitas: um à parte - eu tenho um cachorro COMPLETAMENTE LOUCO
[08/04/11 02:31:31] Luisa Melo: rsrsrsrsrsrs
[08/04/11 02:31:41] Patricia Marjorie Freitas: fala aí, depois eu falo do doente mental canino q tenho aqui
[08/04/11 02:31:46] Patricia Marjorie Freitas: continue
[08/04/11 02:31:52] Luisa Melo: Alguem já disse que os cachorros são como os donos...
[08/04/11 02:31:58] Patricia Marjorie Freitas: hahahahahaha
[08/04/11 02:32:02] Patricia Marjorie Freitas:  sacaneou
[08/04/11 02:32:06] Luisa Melo: É melhor tomar cuidados com o que você sai falando por aí a respeito do seu!
[08/04/11 02:32:25] Patricia Marjorie Freitas:  Eu definitivamente não fico 40 minutos encarando uma garrafa de borracha parada no meio da cozinha, com cara de que ela vai me abandonar para todo o sempre
[08/04/11 02:32:55] Luisa Melo: Não se não tiver bebido o suficiente.
[08/04/11 02:33:00] Patricia Marjorie Freitas: é verdade.
[08/04/11 02:33:07] Luisa Melo: Você sabe lá o que o seu cachorro bebeu hoje?
[08/04/11 02:33:21] Patricia Marjorie Freitas: é. se eu tiver bebido, sim.
Veja bem, não é que eu não durmo à noite. Ou durmo muito durante a manhã. É que, em algum momento do dia, preciso saciar o desejo da curiosidade, de estudar coisas esquisitas, ler os bons da blogosfera inteligente, re-pesquisar como se escreve as palavras da língua portuguesa (ainda mais agora depois do tal novo acordo ortográfico), assistir seriados, terminar de ler os livros que estão pela metade, escrever minhas loucuras, assaltar a geladeira, fazer as unhas, escutar o silêncio, beijar meus pés, velar sorrindo o sono do marido, planejar o dia seguinte...
E depois, em algum momento tenho que dormir. Nem que seja só um pouco.

:)

08/04/11

Simples assim. ?


   Não quero ser aqui a "advogada do diabo", nem do "meliante", tampouco do "monstro". Mas cada vez que acontece algo brutal como esse que aconteceu hoje na escola de Realengo, no Rio - e já aconteceu nos EUA uma porção de vezes -  além de tristeza e indignação, é claro, sempre penso lá no fundo: "Meu Deus, o que essa pessoa passou pra cometer tamanha barbaridade?"

   E é isso que me assusta, me desconforta e até me irrita. Mesmo. E me irrita ainda mais, o fato de que pra conseguir expor o que penso, acabo tendo que usar frases feitas que já foram tão marteladas, porém tão pouco PENSADAS e levadas em consideração. 

Continuemos, no entanto, meu povo.

 A violência - com perdão da primeira expressão banal -  é uma faca de dois gumes. Vivemos num mundo pirado, onde quatro pessoas almoçam na mesma mesa e não se falam, cada um no seu smartfone umbigal.  Onde em pequenas relações pessoais ninguém se escuta, uns galgam seus sucessos boçais em cima de outros, e a vaidade capital reina em cada centímetro cúbico de cada sala de reunião (leia-se ministérios, empresas, lojas, teatros, repartições, salões de cabelereiro). Num mundinho onde entram no elevador e não conseguem mais dizer um: bom dia". Aqui onde todo mundo já ouviu que  - atenção que lá vem a segunda expressão: "Cada ação corresponde à uma reação" -  queira vc chamar isso de KARMA ou de 3˙Lei de Newton. Tanto faz. Todo mundo já ouviu falar, decorou, e num entendeu porra nenhuma, pelo jeito. Esse mundo de hoje que até (finalmente!) já se fala sobre bulling e há uma certa ciência (de estar ciente) do que até pouco tempo atrás significava apenas uma criança esquisita, alvo de piadas dos colegas por esse motivo justificável - ora, ele é diferente, não é?

Todas essas citações acima formam uma equação delicada e complexa, como aquelas das aulas de física da 8˙série que a gente não conseguia solucionar  - só o esquisitão é que conseguia.
Uma soma de descaso, desinteresse, falta de educação, respeito e cortesia com o outro -  o humano, a pessoa, o vizinho, o colega, o esquisitão, o gordinho, a dentuça... e assim vai.

 O ZERO interesse do governo de se ter um sistema de saúde de qualidade neste país, onde tenhamos  além de uma merdinha de um pronto-socorro (que mais parece uma tenda de campanha de um campo de concentração) que se recebe alguém que acabou de sofrer um corte ou um infarto, uma equipe de médicos pisquiatras e psicólogos decentes e especializados para tratar a cabeça de todo mundo que precisasse. 

Todo mundo passou alguma merda na infância - uns mais, outros menos. E todo mundo tem direito a errar, acertar, voltar atrás, pedir desculpas e ter tratamento.
O problema é quando fica tarde demais e essa equação fica enorme, cheia de variáveis voláteis e latentes, e supercomplexa de se resolver. 

O que eu chamo de equação insolúvel é o que a sociedade chama de monstro, meliante, demônio.

O que aconteceu em Realengo, Colombine, Winnenden, na Universidade Virginia Tech, com a menina Eloá, e com tantos outros e em tantos outros lugares, foi terrível, imperdoável, triste. Mas queria cutucar aqui, a necessidade de pensarmos uma forma de solucionar essa equação maldita, antes que nos encontremos novamente em frente à nossas TVs de última geração, sentados confortavelmente em nossas poltronas, assistindo noticiários sanguinolentos em busca de audiência a todo custo e simplesmente exclamarmos um: - Que monstro!

Não basta culpar o monstro. É preciso pensar que tipo de sociedade que cria esse monstro.

05/04/11

How 'bout getting off of these antibiotics?
How 'bout stopping eating when I'm full up?
How 'bout me not blaming you for everything?
How 'bout me enjoying in a moment for once?
How 'bout how good it feels to finally forgive you?
How 'bout grieving it all one at a time?
How 'bout no longer being masochistic?


trechos de Thank U de Alanis, que fala por mim.
Nos tempos de fim de mundo, pipoca e seriado com o marido às 2h04 da manhã, é uma escapatória.

O FIM está CADA VEZ MAIS PERTO

http://www.bempertodofim.com.br/

01/04/11

Caos + Oportunidade





Caos + Oportunidade

O termo “crise” – que possui variações mínimas em muitos idiomas – origina-se do grego krinein que quer dizer “decidir” ou, mais apropriadamente, “a capacidade de bem julgar”. Em idiomas orientais, não há uma distinção clara entre os conceitos de “crise” e de “oportunidade”. Os antigos chineses tinham uma palavra sábia para nomear crise: wei-chi, uma combinação de duas palavras, perigo (wei) e oportunidade (chi). No chinês, o mesmo ideograma representa as duas idéias. Assim, há uma lição prática a observar: a “crise” não deve ser vista como algo apenas negativo. Todo momento de crise traz embutida a oportunidade de crescer, a oportunidade de rever conceitos e métodos, a oportunidade de mudar o mundo.